quinta-feira, agosto 11, 2011

Correntezas (6)


Espumas

Neste mar revolto, voga a nau das palavras

Tento enaltecer o amor por entre as ondas bravas

Mas partem-se os remos e as rimas

E o sublime sucumbe por dentre as espumas

Fico à deriva, sem remos e sem rimas

E as palavras em redemoinho.

Aqui agarro uma, ali pego mais uma

São apenas pétalas caídas

Gaivotas feridas

Deste mar revolto.

Que me atira borda fora

Sem tempo e sem hora

Neste mar de fantasia

Nesta barca da poesia

Não sei se me perdi

Ou me perdeu a vida.



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