Espumas
Neste mar revolto, voga a nau das palavras
Tento enaltecer o amor por entre as ondas bravas
Mas partem-se os remos e as rimas
E o sublime sucumbe por dentre as espumas
Fico à deriva, sem remos e sem rimas
E as palavras em redemoinho.
Aqui agarro uma, ali pego mais uma
São apenas pétalas caídas
Gaivotas feridas
Deste mar revolto.
Que me atira borda fora
Sem tempo e sem hora
Neste mar de fantasia
Nesta barca da poesia
Não sei se me perdi
Ou me perdeu a vida.

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