Sulcos
Neste rio que me sulca correm águas límpidas e tranquilas, também águas turvas e revoltas. Há quem goste de mim quando estou calmo e sereno, mas também quem goste de me contemplar quando galgo as margens e levo tudo por diante. Há quem me navegue para alcançar a outra margem e também quem prefira ficar em terra firme. Há quem em mim busque a paz de uma barragem e quem procure a adrenalina das quedas d’água. Provavelmente há quem goste de escutar as melodias que nas minhas margens trinam, mas há também quem aprecie o meu silêncio. Mas deste rio que em mim corre, que as margens aprisionam e que a foz libertará, algo vai ficando…há quem entenda e quem não queira saber…

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